Galeria de Monumentos

Palácio Ana Joaquina

Anterior a 1755, esta majestosa residência da rua Direita, bem característica do barroco colonial português, foi propriedade de D. Ana Joaquina dos Santos Silva. Viveu até quase aos cem anos e se finou numa viagem a Portugal, nos finais do séc. XIX, talvez tenha herdado o sobrado de seus pais.
Detinha um imenso poderio económico e grande peso político. Era proprietária de um grande negócio de escravos, duma verdadeira frota de navios e senhora de um império agrícola. Gozava de notória influência política junto de variadas tribos do interior, influência essa que se estendia até à Lunda, para Leste, e até ao Bailundo e Namibe, para Sul. A ela recorreram, várias vezes, os Governadores-Gerais para servir de medianeira em conflitos com potentados do sertão.
Um viajante italiano da época, Tito Omborri, refere-se-lhe assim na sua obra “ Viaggi nell’Africa Ocidentale “: -“ o seu poder apoia-se nos sobas mais poderosos e na vassalagem de todas as populações que a chamam de sua raínha, porque conhece as diferentes línguas e detém em sua casa o empóreo do seu comércio … é obedecida pelas tribos mais longínquas; ninguém ousa contrariar a sua vontade e o próprio Governo de Luanda acha-se sem força para a defrontar…”.
No interior chamavam-lhe “ Dembo Ulála “ e em Luanda era conhecida pela Baronesa do Bungo, já que a sua grande casa se situava no bairro do mesmo nome, que se estendia até á actual Estação do Caminho de Ferro.
O Palácio de D. Ana Joaquina é e terá sido a maior das “Casas-Grandes” de Luanda. O edifício, no seu conjunto, terá resultado da construção de uma nova ala entre as outras duas contíguas e já existentes anteriormente, sendo a mais antiga a do lado SW. Teve na sua frente um vasto terraço, que foi sacrificado cerca de 1950, pela necessidade de alargar a rua Direita. Correm lendas de subterrâneos que ligavam o casarão à praia, por onde sairiam, após a lei da abolição, os escravos que D.Ana Joaquina continuava a negociar clandestinamente.
Apesar de necessitado de urgente restauro, o edifício mantém a sua traça original, com excepção das balaustradas das sacadas, que já não são as de madeira, do séc. XVIII, mas as colocadas no séc.XIX, em ferro.


Texto compilado a partir da obra “Luanda de outros tempos” de José Almeida Santos. Ehttp://rosadosventos1.blogspot.com/2010/06/o-palacio-de-d-ana-joaquina-em-luanda.html



Palácio de Ferro

O edifício possuiu uma original decoração em filigrana metálica e tem um soberbo avarandado envolvente, sendo sem sombra de duvida, o melhor exemplar da arquitectura do ferro em Angola .

A história do edifício está envolta em mistério, já que não existem registos da sua origem. Acredita-se que a estrutura em ferro forjado tenha sido construída na década de 80 ou 90em França, como pavilhão para uma exposição, e posteriormente desmontado e transportado de barco com destino provável a Madagáscar .

Existe alguma especulação sob a forma como chegou a Angola. Segundo algumas fontes, o navio que o transportava acabou por ser desviado da sua rota pela corrente de Benguela, naufragando perto da Costa dos Esqueletos em território angolano. Outras fontes indicam que o mesmo acabou por ser desembarcado em Luanda e vendido em hasta pública, tendo sido arrematado pela Companhia Comercial de Angola que, de facto, adquiriu o Palácio de ferro nos finais do século XIXprincípios do século XX.


Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_de_Ferro



Ruínas de Massangano

O Forte de Nossa Senhora da Vitória de Massangano, popularmente conhecido como Forte de Massangano ou Fortaleza de Massangano, localiza-se na povoação de Massangano, no município de Cambambe, na província de Kwanza-Norte, em Angola.
Neste local travou-se, em 1580, a Batalha de Massangano, na qual as forças portuguesas derrotaram as do rei Kiluange de Ngola.
Posteriormente, em 1582, as forças portuguesas, sob o comando do Capitão Paulo Dias de Novais, foram repelidos pelos Ngola, quando tentavam penetrar na região, em busca das lendárias minas de prata.
Esta fortificação foi erguida pelo próprio Novais (ou por Manuel Cerveira Pereira, segundo outros autores), às margens do rio Cuanza, em 1583, com a função de defesa do presídio (estabelecimento de colonização militar) que assegurava a ocupação portuguesa na região, alargando-a. Além de marcar a presença militar portuguesa, esse estabelecimento garantia a integridade das redes comerciais, incluindo a de tráfico de escravos para o continente americano.
Posteriormente, em 1640, as forças da rainha Nzinga atacaram o Forte de Massangano, ocasião em que as suas duas irmãs, Cambu e Fungi, foram aprisionadas, sendo esta última executada. Diante da ocupação de Luanda pelas forças da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais, em Agosto de 1641, foi a Massangano que as forças portuguesas se recolheram e onde resistiram até à reconquista, por Salvador Correia de Sá e Benevides, em Agosto de 1648.
Em Massangano também esteve detido o implicado na Inconfidência Mineira José Álvares Maciel, na década de 1790, ali sendo solto para lutar pela própria sobrevivência.
Até meados do século XIX o presídio e a sua guarnição foram governados por um capitão-mor.
Alguns edifícios e as ruínas de Massangano foram classificados como Monumento Nacional pelo Decreto Provincial n° 81, de 28 de Abril de 1923. Actualmente encontram-se em poder do Estado, afectos ao Ministério da Cultura.

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Forte_de_Massangano



Ambriz

A província do Bengo conta com 12 monumentos e sítios históricos classificados pelo Ministério da Cultura, a maior parte dos quais se encontram em avançado estado de degradação, situação que está a preocupar a sociedade local.
Segundo a direcção provincial da cultura do Bengo, entre os monumentos constam o edifício da antiga Câmara Municipal do Ambriz (Século XIX–XX), Igreja de S. José (Século XIX), Fortaleza, a casa dos escravos, a Igreja de São João. O chalé onde funciona o Governo Provincial e a Igreja de Nossa Senhora Sant’Ana, no Caxito, também fazem parte desta lista. Em relação aos sítios históricos, a sociedade do Bengo preocupa-se com o restauro da zona pitoresca e histórica do Ambriz, denominada Núcleo Urbano da antiga Vila.
Para a recuperação dos monumentos, o director provincial da cultura, Moisés Kafala, assegurou que estão a ser envidados esforços junto do Ministério da Cultura, para que a recuperação seja efectivada a curto prazo. Actualmente, o edifício do Governo Provincial está a beneficiar de obras de restauro e ampliação, por iniciativa do próprio.
Segundo constatou a Angop, os monumentos e sítios do município do Ambriz necessitam de uma intervenção profunda por existirem edifícios construídos em 1906, cujas paredes (adobe) apresentam enormes fissuras e desmoronam lentamente, devido às chuvas fortes que caem na região. Embora o estado de degradação dos edifícios desperte atenção e curiosidade aos turistas estrangeiros e nacionais, que os fotografam, é necessária uma intervenção central urgente no sentido de evitar que eles desabem.

Fonte: Jornal de Angola

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